quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sem título, sem fim.


Tudo deveria estar como antes, silencioso tanto quanto meu antigo coração, indo e voltando com batidas fracas e dolorosas e então eu diria que essa calmaria era consequência do silêncio que sempre viverá aqui, inconsequentemente mentindo a mim e a terceiros. Pra falar a verdade, ás vezes minto tentando ser metade do inteiro que eu sinto. Pra dizer as vezes que ás vezes não digo, sou capaz de fazer da minha briga meu próprio abrigo.

Eu sou eu. Uma mistura heterogênea, é ele lá e eu aqui.

Ninguém soube da minha dor, era só eu e ela. Não a vendo mas a sentindo. Com batidas fracas e instáveis, alojada como um tumor (maligno) no meu coração. Me precipitei no caos dos meus próprios pensamentos. Em uma sexta de fevereiro, me peguei definhando por alguém. Me entregando a um sentimento extremamente assustador.

Eu encontrei alguém e esse alguém fez meu coração parar de funcionar por alguns segundos. Encontrei a pessoa mais importante da minha vida. Um toque de lábios intenso, um beijo apaixonante, e os olhos cheios de lágrimas contidas por meses. Existia algo mágico. Dois olhares se cruzando, formando um brilho intenso sobre eles. Era a pessoa que eu esperava desde o dia que nasci. O primeiro e ultimo pensamento era ele. Deus havia me mandado um presente. Recolhi as pistas, encaixei as peças, deixei me levar pela atenção nos sinais, eu estava amando.

Era pra ter sido o amor lá e eu aqui. Era.

O que me fez chegar até aqui foi o teu sorriso, admito. Lindo, inseguro e prazeroso. Me alcançou, me tomou e me levou... Pra longe, tão longe de mim que no entanto, eu não me reconheço mais.

Sete meses depois, e eu aqui, me perdendo no amor, no devaneio. 
Na minha paz o teu tormento, na tua paz o meu tormento.

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"Odiei as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito."