terça-feira, 5 de julho de 2011

Sinalizações mal cumpridas e esperanças falhadas



Eu poderia ter conhecido o amor da minha vida dentro de um ônibus, mas no ponto em que eu subi, ele saltou. Talvez na fila de um banco, mas quando eu cheguei, ele estava indo embora porque havia cansado de esperar para ser atendido. Quem sabe em uma sala de cinema, mas em cima da hora eu resolvi assistir outro filme, e seguimos caminhos diferentes outra vez. Poderia ter sido no show de uma banda que nós dois gostamos, mas eu comprei o ingresso atrasado e só tinha pista, enquanto ele foi de camarote. Ou naquele encontro arranjado pelos amigos que temos em comum, porém nesse dia caiu um temporal, e eu me recusei a sair de casa.


Então, o destino desistiu, e deixou o vento levar. Até que um dia, em um hospital, o olhar do amor da minha vida se cruzou com o meu, só que eu era a doente, e ele o meu médico, e ai já era tarde demais... Algo me puxava, não voltei a superfície. Meu coração parou de bater.
ps: ganhei a chance de participar do livro "Poetas Inocentes" com esse conto. 
Um pequeno sonho quase idealizado.

3 comentários:

  1. Ha eu lembro disso, eu li da primeira vez que escreveu ;D
    É tao lindo e tao real, as vezes a gente faz escolhas que parecem normais pra gente e acabamos perdendo coisas incriveis.

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  2. Que triste e ao mesmo tempo tão lindo. Adorei. Beijos.

    Au revoir.

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  3. Ual! É um daqueles textos que a gente lê e fica até de boca aberta quando termina. O final não ficou evidente, sabe? Eu gosto disso.
    Adorei, moça. Um beijo e um abraço apertado, @pequenatiss.

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"Odiei as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito."